- - Lançado em abril deste ano, o Beep Saúde oferece uma alternativa às consultas em hospitais. - - A startup criou um aplicativo que conecta médicos e clientes e permite que o profissional atende onde o paciente estiver.
- - O criador do Beep Saúde é Vander Corteze, de 33 anos. - - Nascido em Niterói, Corteze vem de uma família de profissionais da saúde: é filho de um cirurgião cardíaco, irmão de uma dermatologista e casado com uma médica anestesiologista.
- - Formou-se em medicina, mas se apaixonou pela gestão na época da faculdade. - “Eu era responsável pela organização das festas universitárias. - - Fui pegando gosto pelo planejamento do evento e comecei a pensar em ter o próprio negócio”, afirma Corteze.
- - Após se formar, em 2008, abriu seu primeiro negócio: a BR Med, uma rede de clínicas de medicina do trabalho. - “Escolhi este setor porque era uma área em que as consultas eram obrigatórias. As pessoas não deixam de fazer exames admissionais, por exemplo. - - Além disso, o mercado não tem o glamour de outras áreas da medicina.”
- - A BR Med tem, atualmente, 12 clínicas, espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco. - - No ano passado, a rede faturou R$ 30 milhões.
- - Enquanto cuidava da BR Med, Corteze começou a pensar em maneiras de usar a tecnologia para melhorar as experiências no setor da saúde. “Consumimos conteúdo e nos locomovemos de formas diferentes do que há 10 anos por causa da tecnologia. - - Após pensar no que poderia ser feito, cheguei ao conceito do Beep Saúde”, afirma Corteze.
- - Para ajudá-lo na criação do aplicativo, Corteze firmou uma sociedade com o carioca Iuri Menescal, 35, e com o brasiliense Marcel Vitor, 28. - - O Beep Saúde foi lançado oficialmente em abril deste ano.
- - O aplicativo, gratuito e disponível para Android e iOS, funciona assim: ao ligar o Beep Saúde, o usuário informa o endereço e que especialidade médica está procurando. - - A plataforma, então, indica os profissionais disponíveis em um raio de 10 quilômetros.
- - As páginas dos especialistas mostram uma foto de perfil, o preço cobrado por cada um, a distância do local do atendimento e o tempo de chegada do médico. - - Quando o paciente escolhe o médico que quer, o profissional recebe uma notificação no celular. - “No aplicativo de caronas, o usuário não pode escolher o motorista. - - Na nossa startup, são os pacientes que selecionam o profissional. Além disso, exigimos mais requisitos para aprovar os médicos na plataforma”, diz Corteze.
- - O prazo máximo para atendimento é de 3 horas. - “Nossa recomendação é que o médico telefone para o paciente assim que for escolhido, para fazer o primeiro contato, entender um pouco a situação e saber se precisa levar algum equipamento adicional”, diz Corteze.
- - O preço de cada consulta é de, no mínimo, R$ 200. Assim como no Uber, o cliente não paga diretamente ao médico – o pagamento é feito por meio do aplicativo. O Beep Saúde fica com 15% do valor do atendimento.
- - Ele afirma que o site exige que os especialistas informem onde estudaram, o local de sua residência, sua experiência profissional e dois contatos telefônicos de gestores de outros empregos. - - Essas informações, com exceção dos telefones de gestores, estão disponíveis no perfil de cada médico.
- - Atualmente, é possível marcar consultas em mais de 20 especialidades. As mais procuradas são pediatria, geriatria, clínica médica e ortopedia. - - O Beep Saúde tem cerca de 700 profissionais usando o serviço. - - De acordo com a empresa, 10 mil downloads já foram realizados.
- - Por questões estratégicas, Corteze não revela o faturamento da empresa ou as estimativas de receita futuras. - - Mas fala que serviços de fisioterapia e uma função de “encaixe”, para atendimento em hospitais caso a agenda de médicos tenha uma brecha, devem ser incluídos nos próximos meses.
- - A empresa está em negociação com fundos de investimento e com um grande convênio de saúde. - “Queremos que os pacientes peçam, diretamente no aplicativo, o reembolso das consultas ao prestador de serviço.”
- - - - - - -> Da redação de Pequenas Empresas e Grandes Negócios/11 de jul de 2016/Site Flipboard