O deputado federal Arthur Maia, do PPS, relator da reforma da Previdência na Câmara, disse nesta segunda-feira que o próximo governo terá capital político suficiente para aprovação de mudanças na legislação previdenciária e que acredita que a nova proposta, no entanto, será muito mais dura e profunda que o texto atual.
A afirmação foi feita durante um seminário realizado no Centro Cultural da Fundação Getúlio Vargas, na zona sul do Rio de Janeiro.
Arthur Maia destacou, também, que a aprovação do projeto só não foi possível por causa da delação da JBS, que resultou em uma crise política no atual governo, atrasando a votação em 5 meses.
Ele concluiu, no entanto, que não há frustração pelo resultado do processo, já que houve, segundo o deputado, um passo significativo no debate. A reforma da Previdência tramitava no Congresso, mas a discussão foi paralisada, após o decreto que estabeleceu intervenção federal na segurança pública do Rio.
Mesmo inviabilizada pelo decreto, Arthur Maia admitiu que o governo não possui os votos necessários no Congresso para aprovação da reforma.
Sobre a possibilidade de suspensão da intervenção para votação da reforma, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, garantiu que não há articulações nesse sentido.
O secretário também acredita que o tema será pauta no debate presidencial das próximas eleições.
Lígia Souto - 12/03/2018 - 20h19 - Rio de Janeiro/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capado site Multisom foi retirada de arquivos da internet