O texto base do relator da Reforma da Previdência, divulgado nesta quarta-feira, repercutiu na Câmara. O deputado Rogério Rosso, do PSD do Distrito Federal, criticou o não atendimento de demandas de servidores públicos no texto base, o que chamou de intransigência do governo federal e da base aliada.

Pela Reforma atual, os servidores ficam com a idade mínima para aposentadoria igualada aos trabalhadores do setor privado, e precisam ter 10 anos a mais de contribuição. Rosso afirmou que o discurso do governo de que os servidores possuem privilégios é irreal para a maior parte deles.

Nesta terça-feira, o relator Arthur Maia já tinha informado que qualquer mudança fora das apresentadas no texto base só têm a possibilidade de serem incluídas no dia da votação, por líderes da base governista, e caso seja considerado que determinada mudança pode trazer mais votos para a aprovação da proposta.

O recém escolhido líder do Democratas, deputado Rodrigo Garcia, considera que houve avanço no texto base em relação ao projeto inicial do governo e afirma que a bancada do partido considera a Reforma da Previdência positiva para o Brasil, mas avalia que ainda existe margem para negociar outras mudanças.

Já o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, criticou as exceções abertas a categorias pelo governo federal na Reforma da Previdência, o que seria uma tentativa de beneficiar grupos específicos em troca de votos na Câmara. E defendeu que toda a reforma seja derrubada, porque, segundo ele, com a idade mínima proposta como gatilho para a aposentadoria, as pessoas mais pobres vão ser as mais prejudicadas.

A Presidência foi procurada para se posicionar a respeito das críticas, mas até o fechamento dessa reportagem não houve retorno.