Victor Ribeiro - 06/11/2017 - 21h54 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet
O Palácio do Planalto já admite que não conseguirá fazer a Reforma da Previdência da forma como planejou. Durante um encontro nesta segunda-feira com lideranças da base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer apontou três motivos para isso.
Temer voltou a dizer que a Previdência é deficitária e que alguma reforma deve ser feita ainda durante o mandato dele, e outras mudanças precisarão ocorrer nos próximos governos.
Michel Temer não citou diretamente a divulgação da gravação da conversa dele com o empresário Joesley Batista, nem a apresentação da primeira denúncia contra ele, por corrupção passiva, mas avaliou que, se isso não tivesse ocorrido, a Reforma da Previdência teria sido aprovada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Democratas, concorda que as denúncias contra Temer influenciaram na tramitação da Reforma da Previdência.
Maia reforçou que considera importante a aprovação da reforma, mas avaliou que o governo não tem os votos necessários.
Michel Temer aproveitou a reunião com os líderes da base aliada, onde também estavam os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Fazenda, Henrique Meirelles, para fazer um balanço dos 18 meses de governo. Temer aproveitou para anunciar que, nesses 14 meses que tem pela frente, ainda pretende aprovar muitas medidas e pediu que os parlamentares mantenham o apoio ao governo.