Raquel Dodge diz ao STF que repasse da Odebrecht a Aloysio Nunes é fato indiscutível
Política
Publicado em 03/11/2017

Lucas Pordeus Leon - 02/11/2017 - 17h03 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet

 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o desmembramento da investigação contra o ministro das relações exteriores, Aloysio Nunes, e o senador José Serra, ambos do PSDB.

 

No despacho ao Supremo Tribunal Federal, Raquel Dogde disse ser fato incontroverso ou seja, indiscutível, que houve repasse de 500 mil reais da Odebrecht para a campanha de Aloysio Nunes ao Senado, em 2010.


Os recursos, segundo investigação, não teriam sido declarados a Justiça.


A procuradora afirma que só falta descobrir a origem do dinheiro e a finalidade do repasse para então se configurar o crime de corrupção.


Já o senador tucano José Serra é acusado de receber pagamentos ilegais de construtoras ligadas a obras viárias em São Paulo.


Nos dois casos, a procuradora ressalta que os investigados não podem ser responsabilizados por crimes cometidos antes de 2010.


A justificativa é que, como Aloysio Nunes e Jose Serra têm mais de 70 anos, o tempo de prescrição do crime cai pela metade.


Em nota, Aloysio Nunes alega que é um grave erro da procuradora dizer que o repasse é um fato incontroverso.


O ministro defende que os delatores não foram capazes de esclarecer quem pagou, nem onde e nem quem recebeu os recursos.

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