Fábio Cleto diz que foi orientado por Cunha e Funaro em suposto esquema de corrupção na Caixa
Política
Publicado em 28/10/2017

Lucas Pordeus Leon - 27/10/2017 -  16h09 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada da internet

 

O ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro voltaram a ficar frente a frente em depoimento na Justiça Federal, em Brasília, nessa sexta-feira. Eles participam de uma série de depoimentos sobre a investigação de um suposto esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal. 


Entre os depoimentos do dia, teve o do ex-vice presidente de Fundo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto. 


O delator afirmou que foi colocado no cargo pelo PMDB da Câmara e que recebia orientações de Funaro ou Cunha para privilegiar empresas que pagavam propina. 


Fábio Cleto afirmou que em um dos esquemas recebeu dinheiro diretamente das mãos de Cunha. 


Fábio contou que nos cinco anos que permaneceu no cargo da Caixa, ele se encontrou com Eduardo Cunha semanalmente sempre às terças-feiras . Em pelo menos oito encontros, Cunha teria encomendado a Cleto que beneficiasse empresas que pagariam propinas. 


Cleto também detalhou o relacionamento que tinha com Joeslei Batista, dono da JBS, inclusive a viagem que fez com Batista e Funaro ao Caribe. 


Cleto, que já trabalhava na Caixa, disse que não tratava de propina com Joeslei, o que segundo o delator seria feito apenas através de Lúcio Funaro. 


Entre outras revelações, Fábio Cleto contou os detalhes do empréstimo de 3 bilhões e meio de reais da Caixa para empreiteiras construírem o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Segundo o delator, 1,5% desse valor seria pago em propina dividida em 36 parcelas. 

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