Conselho de Ética do Senado arquiva denúncia contra Aécio Neves
Política
Publicado em 25/10/2017
Iolando Lourenço e Heloisa Cristaldo - Repórteres da Agência Brasil - 24/10/2017 - 20h19 - Brasilia-DF/Site EBC - A Imagem da capa do site Multisom foi retirada da internet

 

Brasília - Senador Aécio Neves durante sessão que aprovou a PEC 14/2016, que cria as polícias penitenciárias federais, estaduais e distrital (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 Senador Aécio Neves durante sessão que aprovou a PEC 14/2016, que cria as polícias penitenciárias federais, estaduais e distrital - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto (PMDB-MA), determinou hoje (24) o arquivamento do pedido de abertura de procedimento disciplinar contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). A decisão seguiu parecer da Advocacia-Geral do Senado.

O pedido de investigação no conselho foi protocolado pelo PT em 28 de setembro para que o colegiado avaliasse se o senador havia quebrado o decoro parlamentar. A alegação do partido se baseou na denúncia apresentada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, segundo qual Aécio teria recebido R$ 2 milhões não-declarados.

No entanto, segundo o parecer da Advocacia-Geral do Senado, a “representação do PT é no máximo uma versão atualizada da representação do PSOL [e da Rede]” contra Aécio, que já havia sido arquivada pelo conselho em julho. “Tanto é que reproduz ipsis litteris, um trecho da peça precursora”, segundo o órgão do Senado.

“Senti que o parecer tinha sentido e combinava também com a minha posição pessoal”, disse João Alberto ao justificar a decisão de arquivar o processo.

Senadores do Conselho de Ética podem apresentar recurso para tentar reverter o arquivamento.

Em julho, o presidente do Conselho de Ética decidiu não aceitar o pedido feito pela Rede e pelo PSOL. Após recurso, o caso foi a votação no colegiado, que confirmou o arquivamento com 11 votos favoráveis e quatro contrários.

Defesa 

Em nota, a defesa do senador Aécio Neves reitera “a absoluta correção” na conduta do senador. “As investigações demonstrarão que os recursos citados referem-se a um empréstimo entre privados que não envolveu dinheiro público ou qualquer contrapartida. Portanto, não houve crime ou quebra de decoro”.

Edição: Luana Lourenço
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