O senador José Medeiros (Pode-MT) criticou, em Plenário, nesta quarta-feira (6), a manutenção pelo Estado de empresas públicas. O senador ressaltou os altos custos para os cofres públicos de manter essas empresas e sustentar os rombos e tomadas de recurso por parte de agentes corruptos.
— Não sou daqueles que defendem que o país continue sangrando com essas empresas, elas podem muito bem passar para as mãos privadas e o Brasil não ficar mais arcando com isso – disse.
Para Medeiros, os R$ 51 milhões, que seriam do ex-ministro Geddel Vieira Lima, encontrados em um apartamento em Salvador (BA) vêm de empresas públicas brasileiras. Ele citou a Petrobras, o BNDES e os Correios como exemplos. O senador argumentou ainda que se a Petrobras, a qual disse ter se tornado uma “vaca sagrada”, fosse uma empresa privada ela já teria falido e fechado.
— Quando é para socializar o prejuízo os brasileiros têm que pagar, tem que sair do Tesouro. Mas, quando é na hora dos lucros, eu não vejo em quem isso impacta, a não ser para os funcionários da Petrobras ou para dois ou três acionistas — declarou.
Denúncias
Medeiros também comentou sobre as denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e sobre a possível revisão no acordo de delação premiada da Operação Lava Jato. Medeiros declarou que a PGR era “a última fronteira em que a população estava acreditando”.
— [Janot] estourou um saco de tinta vermelha, e ele estava de camisa branca no momento. Tudo isso tem que ser investigado para que fique às claras e o Ministério Público possa resgatar isso. As pessoas precisam acreditar — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)