MP e PF veem indícios de fraude e desvio de recursos na chapa de Dilma e Temer
Política
Publicado em 16/12/2016

Relatório elaborado por peritos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que o Ministério Público e a Polícia Federal encontraram indícios de fraude e desvio de recursos na campanha da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer em 2014.

O documento foi juntado nesta quinta-feira (15) à ação do PSDB, do candidato derrotado Aécio Neves, que buscar cassar a chapa vencedora e anular o resultado da eleição, sob a alegação de que houve abuso de poder político e econômico.

No relatório, os peritos, incluindo técnicos da PF, da Receita e do MPF, apontam suspeitas de que recursos em tese destinados à campanha teriam sido "desviados e direcionados ao enriquecimento sem causa de pessoas físicas e jurídicas diversas para benefício próprio".

Procurados pelo G1, os advogados de Dilma, Flávio Caetano, e de Temer, Gustavo Guedes, informaram que até as 22h30 desta quinta não haviam tido acesso ao relatório e, portanto, só poderiam se manifestar sobre o assunto nesta sexta (16).

A análise levou em conta a quebra de sigilo bancário de gráficas informadas pela chapa como prestadora de serviços.

Em agosto, os peritos consideraram que as empresas não apresentaram documentos suficientes para comprovar o trabalho pago pela campanha .

 
 
 
 

TSE identifica suspeitas de irregularidades na campanha de Dilma e Temer em 2014

 

O relatório também levou em conta documentos apresentados pela defesa de Dilma que comprovariam o uso dos recursos. Mas, para os peritos, os documentos não foram suficientes para responder aos questionamentos sobre os gastos.

Desde que o processo foi aberto da Corte eleitoral, os advogados da campanha têm dito que todos os gastos foram devidamente informados, com a efetiva prestação dos serviços.

Em outra frente, o mesmo processo no TSE apura se a campanha de Dilma e Temer em 2014 recebeu dinheiro de propina oriundo do esquema de corrupção que atuou na Petrobras e é investigado na Operação Lava Jato. A acusação também é negada pela defesa de Dilma e de Temer.

A ação deverá ser julgada
 somente no ano que vem, segundo informou nesta semana o relator do processo, ministro Herman Benjamin.

 

Por Renan Ramalho, Do G1, Brasília -

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