BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 33.953 vagas formais de emprego em agosto, um pouco acima do esperado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira.
Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de que 32 mil empregos seriam encerrados no último mês, segundo mediana das expectativas.
Apesar disso, o dado veio melhor que o resultado negativo em 86.543 vagas no mesmo mês do ano passado.
Em agosto, as demissões superaram a criação de vagas principalmente na construção civil (-22.113 postos), seguida pela agricultura (-15.436) e serviços (-3.014). A indústria da transformação, que vinha no vermelho nos últimos meses, mostrou um desempenho positivo, com abertura líquida de 6.294 postos.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve o fechamento líquido de 651.288 postos na série com ajuste -- performance mais fraca da série histórica iniciada em 2002. Nos doze meses encerrados em agosto, foram 1,656 milhão de postos perdidos, também na série com ajustes.
O movimento de rápida deterioração do mercado de trabalho vem a reboque da recessão econômica, que afeta a confiança dos agentes econômicos.
Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil subiu a 11,6 por cento no trimestre encerrado em julho, com quase 12 milhões de pessoas sem emprego no país.
(Por Marcela Ayres; Edição de Patrícia Duarte)
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