Por Orion Teixeira em 17 de setembro de 2019 - 07:16/Além do Fato/Portal UAI/Site Estado de Minas
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Lideranças dos servidores da área de segurança prometem reação, reprodução Facebook de Domingos Sávio de Mendonça
Após um dia inteiro de muita pressão, as mais de cinco horas de negociações terminaram sem acordo entre governo e as 15 entidades associativas e os oito deputados ligados aos servidores da segurança pública de Minas. A reunião aconteceu, nesta segunda (16), na Cidade Administrativa (sede governo), onde, do lado de fora, concentraram-se, em protesto, centenas de servidores da área.
Na primeira etapa reunião, da qual participaram os secretários de Planejamento, Otto Levy, e de Governo, Bilac Pinto (DEM), o governo chegou a reconhecer as perdas salariais de 28,68% reivindicadas e a acenar com a reposição imediata. No entanto, no início da noite, após consulta ao governador Romeu Zema (Novo), houve mudança de planos.
Apesar do reconhecimento, o governo propôs iniciar o pagamento da reposição, sem índice definido, só a partir de setembro do ano que vem. “A proposta é inaceitável. Estamos esperando há 4 anos e meio, não vamos ficar mais um ano”, sentenciou o tenente-coronel Domingos Sávio de Mendonça. Oficial reformado, ele lidera o movimento independente e paralelo ao das entidades associativas e deputados. “A solução é a paralisação”, advertiu ele, reconhecendo que isso será um “colapso” na segurança pública.
Liderança pede renúncia de comandante
Ao defender a rejeição da proposta oficial, no que foi seguido pelos manifestantes, Mendonça sugeriu que o comandante-geral da PMMG, Coronel Giovanne Gomes da Silva, renunciasse o cargo para não ter que comandar “uma tropa que tem seus direitos violados”.
A cena do desfecho do dia de negociações e manifestações foi de unidade ao movimento que estava rachado com duas manifestações convocadas para esta mesma semana. A desta segunda (16) foi chamada por Mendonça e outra para a próxima quinta (19), convocada pelas entidades associativas e deputados em caso de não atendimento pelo governo.
Desconfiança de boicote
Houve quem desconfiasse de boicote pelo clima oposto das negociações. No final da tarde, Mendonça, que foi chamado à reunião de última hora, anunciou as “boas notícias” pelo reconhecimento da reposição. Três horas depois, vieram as más notícias, de que o reconhecimento só viria daqui a um ano. Para os desconfiados, a estratégia seria o governo anunciar melhor proposta no dia 19, dando crédito para as lideranças associativas e parlamentares.
No mesmo encontro, o governo confirmou o fim do parcelamento dos salários deles a partir de dezembro, com pagamento no 5º dia útil. E o parcelamento do 13º salário em três vezes, caso não tenha êxito na operação de empréstimo que está buscando.
Participaram da reunião com o governo, os presidentes de 15 sindicatos e associações, os deputados federais Subtenente Gonzaga, Junio Amaral e Léo Mota, e os deputados estaduais Sargento Rodrigues, Coronel Sandro, Heli Grilo, Delegada Sheila e Bruno Engler.
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