O ministro de Relações Exteriores José Serra está convencido de que não haverá problemas de segurança nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas reza para que a "irracionalidade" terrorista dos últimos meses não atinja o maior evento esportivo do planeta. "Estamos no limiar de uma Olimpíada em um mundo inseguro pelo terrorismo, o mais irracional que já existiu", disse nesta segunda-feira (25) em visita ao México.
Ministro das Relações Exteriores, José Serra (Foto: Nicolas Satriano / G1)
OLIMPÍADA RIO 2016
Cidade se prepara para receber os Jogos
Serra avaliou que o Rio, devido à criminalidade, têm as vezes uma má "percepção" no exterior, mas recordou que a cidade já sediou outros grandes eventos, como a Eco-1992, os Jogos Pan-Americanos, em 2007, e a Copa do Mundo, em 2014, e "nunca aconteceu nada".
"Sempre foi bem, não acredito que haverá problemas. Rezo a Deus para que nos ajude diante da irracionalidade deste tipo de terrorismo que hoje está se alastrando pelo mundo".
Após o massacre na cidade francesa de Nice, no dia 14 de julho, onde um homem em um caminhão atropelou e matou 84 pessoas em um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), o governo brasileiro anunciou que reforçaria o esquema de segurança dos Jogos, que serão realizados entre 5 e 21 de agosto.
Um contingente de 85 mil policiais e militares foi mobilizado para o evento, o dobro do número utilizado nos Jogos de Londres-2012, para proteger os mais de 10 mil atletas e meio milhão de turistas que virão para as Olimpíadas.
"O bom para o Brasil será que tudo corra bem, embora o mundo esteja muito nervoso e em uma etapa muito difícil da história na qual surgem as coisas mais exóticas, inclusive em matéria de perversidade e desequilíbrio mental", disse Serra durante uma visita de trabalho na Cidade do México.
O ministro e o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo, assinaram um acordo para o reconhecimento mútuo da cachaça e da tequila que garante proteção recíproca das bebidas nos mercados dos dois países.
Esse acordo foi anunciado em maio de 2015, durante a visita ao México da presidente afastada, Dilma Rousseff, em uma viagem de trabalho que serviu para distender as relações entre as duas principais potências latino-americanas.
Da France Presse/G1-26/07/2016 02h19-Atualizado em 26/07/2016 07h17