'Tenho de dar a mão à palmatória e falar que errei', diz Zema sobre promessas de campanha
13/06/2019 15:07 em Minas Gerais

Na entrevista à CBN, o governador se referiu ao fato de ter dito que os secretários não receberiam salários e jetons

 

Juliana Cipriani/Site Estado de Minas

Postado em 12/06/2019 13:14 / Atualizado em 12/06/2019 14:06

A imagem da capa do site Mulisom foi retirada de arquivos da internet/Google

 

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou na manhã desta quarta-feira (12) que errou ao prometer, na campanha eleitoral, que ele, o vice-governador e os secretários de estado não receberiam salário em caso de vitória de sua chapa. A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN, na qual ele atribuiu a mudança de posicionamento ao fato de ter assumido um cargo público pela primeira vez.

 

“Uma das virtudes do ser humano é reconhecer os erros. Reconheço que foi um anúncio errado na minha campanha (incluir os secretários na promessa de não receber salário) e no que diz respeito a mim, eu e o vice estamos cumprindo fielmente”, afirmou. 

 

A promessa foi registrada em cartório, mas só Zema e o vice-governador Paulo Brant estão doando os salários a instituições de caridade. 

 

Quanto aos secretários, o governador afirmou que é preciso reajustar os salários atuais de R$ 10 mil brutos. “Tenho de dar a mão à palmatória e falar que errei nessa questão aí. Não tinha conhecimento de como seria após estar assumindo”, disse.

 

Jetons

 

Segundo Zema, os vencimentos dos titulares das pastas em Minas são menores que a média de outros estados e do que é pago a secretários municipais em Belo Horizonte. 

 

O governador afirmou que há constrangimento em manter os jetons como forma de aumentar os salários e disse que, assim que a situação financeira permitir, vai fazer o reajuste e acabar com o extra. 

 

Ainda assim, Zema afirmou considerar importante a presença de secretários nos conselhos fiscais e disse que alguns poderão continuar mas de forma voluntária. 

 

Sobre titulares de pastas estarem sendo indicados para empresas de áreas diferentes de sua atuação – os secretários de Educação e Governo, por exemplo, vão para conselhos de estatais de energia –, ele afirmou que, como vão exercer fiscalização, só precisam entender de relatórios financeiros.

 

Bolsonaro e Moro

 

O governador também foi questionado sobre a expectativa em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que sua gestão fez mais avanços que a dele. Zema disse que o governo federal tem um bom ministério.

 

“Estamos vendo que a grande pauta é a reforma da Previdência. A economia ainda está patinando um pouco no Brasil, mas diria que nos cinco meses já fizemos em Minas alguns avanços expressivos.” 

 

Sobre os vazamentos de conversas de integrantes da Lava-Jato, o governador disse acreditar na operação e que, se o ministro da Justiça Sérgio Moro cometeu erros, terá de se explicar. "Mas pelo pouco que vi não tem nada de comprometedor, não estamos falando nada que desabone conduta ética dele", disse.

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