Conversas pelo WhatsApp mostram embate político entre caminhoneiros
Política
Publicado em 29/03/2019

Em grupos aos quais o EM teve acesso, categoria se divide entre defensores da greve, acusados de tentar desestabilizar o governo, e os aliados de Jair Bolsonaro

 

Isabella Souto/Site Estado de Minas

Postado em 29/03/2019 06:00 / Atualizado em 29/03/2019 07:39

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

 

Pelos grupos de WhatsApp, supostos caminhoneiros de todo o país defendem a greve desde já e, inclusive, ditam regras: só deixar passar viaturas policiais, ambulâncias ou veículos com oxigênio para hospitais e carros com carga viva. Em meio às mensagens, há aqueles que pregam o bloqueio para todo e qualquer veículo.

 

Os ataques políticos também são constantes: “Todos (sic) estão apoiando a greve são pessoal (sic) do PT e estão fazendo faixas para dizer que querem impechtman (sic) do presidente. E vai usar os caminhoneiros”, escreveu um caminhoneiro do Paraná em um dos grupos, criado no Rio Grande do Sul no último dia 20. “Bolsonaro assumiu a (sic) 3 meses, e ainda ficou enternado (sic), ainda não teve tempo para mostrar o seu desfecho, melhor esperar!!!!”, escreveu outro profissional de São Paulo.

 

Em outro grupo, aqueles que pretendem parar são classificados de “vagabundos”. “Só vagabundos vão parar. Quem luta esse últimos tempo (sic) por um Brasil melhor vão (sic) continuar trabalhando”, escreveu um caminhoneiro do interior de São Paulo. “Essa paralisação não tem apoio dos verdadeiros líderes e nem da população. Já é um fracasso”, continuou.

 

Um caminhoneiro de Belo Horizonte ressaltou pelo aplicativo de mensagens que os comerciantes acabam se aproveitando da greve para lucrar ainda mais. “O povo faz fila na frente de posto, fazem fila para comprar várias coisas, o caminhão para, mas querendo ou não, os vendedores vão estar lucrando algo, pq tenho certeza, q amanhã os postos já vão estar fazendo fila para encherem os tanques dos carros, motos, etc”. A resposta veio dois minutos depois, no grupo. “Mais (sic) c a greve durar 30 dias não tem nada que aguenta, meu amigo”.

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