Minas é o 5º estado em aumento do número de casos prováveis de dengue em 2019
Saúde
Publicado em 26/02/2019

Número de notificações entre dezembro e 2 de fevereiro subiu 445,2% em relação ao mesmo período do ano passado

 

Por Cristiane Silva/Site Estado de Minas

Postado em 26/02/2019 13:40 / Atualizado em 26/02/2019 13:51

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

 

 

Minas Gerais é o 5º estado brasileiro com o maior aumento do número de casos prováveis de dengue entre os dias 30 de dezembro e 2 de fevereiro, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira. 

 

A pasta aponta para um aumento de 445,2% nos casos em Minas em relação ao mesmo período de 2018. Em 2019, o estado notificou à União 12.388 casos, contra 2.272 no ano passado. No ranking nacional, Minas Gerais aparece na frente do Espírito Santo e atrás de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Tocantins, este último com o maior número de casos prováveis de dengue no Brasil. Em todo o país, o número de casos de dengue aumentou 149% (21.992 em 2018 e 54.777 em 2019). 

 

Ainda em Minas, os casos de chikungunya, no mesmo período, são 214 contra 899 no ano passado. Já os casos prováveis de zika são 35. No ano passado, foram 13. 

 

Já o balanço da Secretaria de Estado de Saúde (SES) ontem, relativo ao mês de janeiro e  fevereiro até o dia 25, tem números ainda maiores. Somente nos primeiros 56 dias de 2019 foram registradas 30.352 notificações. Em todo o ano de 2018 foram 30.022 casos prováveis registrados. Já em 2017, foram 25.933. 

 

Em entrevista coletiva na manhã desta terça, o coordenador do Departamento de Dengue do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, disse que o estado não se encontra em surto pela doença, mas o alerta em Minas e no restante do estado é para a circulação do sorotipo 2, que resulta em manifestações mais graves que os outros três vírus. Como ele não predominava desde 2008, existe uma atenção especial em relação à população que tem menos de 15 anos. “Em Minas Gerais, o sorotipo 2 já é o predominante, mostrando esse cenário onde temos regime de chuvas, temperaturas significativas, essa sazonalidade da doença com anos com baixa ocorrência de casos e anos em que você apresenta. Por isso, alertamos para intensificação de todas essas ações tanto do poder público como da mobilização da população para revertermos esse cenário”, informou. 

 

O Ministério da Saúde também está atento em relação a Brumadinho, na Grande BH, já que o impacto ambiental causado pelo rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro, pode resultar em aumento de doenças infecciosas, como destacou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no início deste mês. 

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