Em uma semana, casos prováveis de dengue crescem 160% em Minas
Saúde
Publicado em 22/01/2019

Números saltaram de 1.571 para 4.112 entre os dias 14 e 21 de janeiro; oito cidades estão com incidência muito alta da doença

 

Por Gabriel Ronan/Site Estado de Minas

Postado em 21/01/2019 19:08 / Atualizado em 21/01/2019 20:01

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

 

 

O segundo boletim epidemiológico de monitoramento do Aedes aegypti em 2019, divulgado nesta segunda-feira (21), traduziu um aumento significativo dos casos prováveis de dengue em Minas Gerais. São 4.112 casos prováveis de dengue, aqueles que já estão confirmados ou são suspeitos. O dado representa um aumento de 161,7% em relação à semana passada, quando eram 1.571 diagnósticos prováveis. Para efeito de comparação, os meses de janeiro e fevereiro do ano passado somaram 4.322 situações semelhantes.

 

O sinal de alerta está ligado no estado desde outubro, quando o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Liraa) apontou que ao menos 40,7% dos municípios estão em situação de risco ou em alerta para a possibilidade de surto da doença. A apuração realizada no ano passado já se confirmou em oito municípios mineiros, onde a incidência está muito alta (mais de 500 casos prováveis por 100.000 habitantes). São eles: Várzea da Palma (Norte), Campina Verde (Triângulo), Martinho Campos (Centro-Oeste), Guarani (Zona da Mata), Campo Azul (Norte), Unaí (Noroeste), Mirabela (Norte) e Arcos (Centro-Oeste).

 

A situação mais preocupante está em Arcos, onde 579 casos prováveis já foram computados entre 16 de dezembro e 12 de janeiro. Na semana passada, a prefeitura local decretou estado de emergência. Com o decreto, a administração municipal pôde dispensar a licitação para a contratação e aquisição de bens e serviços necessários para combater a epidemia. Até mesmo o prefeito e o secretário de saúde foram para as ruas para eliminar os focos dos Aedes aegypti.

 

Em relação ao município de Arcos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) informou que tem adotado medidas para auxiliar no controle do vetor Aedes aegypti, como aplicações de Ultra Baixo Volume (UBV) no município, conforme estabelecido nas diretrizes do governo federal.

 

Uma parceria entre a pasta e o Executivo municipal também garantiu que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) será acionado diretamente, no caso dos pacientes graves. A medida ajuda os enfermos a se estabilizarem, o que evita óbitos. Ocorrerá, ainda, uma capacitação com profissionais próximos no dia 7 de fevereiro.

 

Outros três cidades apresentam incidência alta e 22 municípios estão com média incidência. O baixo risco faz parte de 230 municípios, enquanto 590 estão sem casos registrados. O governo do estado investiga dois óbitos que teriam sido provocados pela doença – uma suspeita foi descartada desde a última semana.

 

Chikungunya e zika

 

Em relação à febre chikungunya, Minas Gerais registrou, neste ano, 63 casos prováveis da doença, sendo uma gestante entre os casos suspeitos. Houve um crescimento de 370,5% no comparativo com semana passada, Em 2018, foram 11.765 notificações e uma morte confirmada, em Coronel Fabriciano (Vale do Rio Doce). Outras duas ainda estão sendo investigadas.

 

No caso da zika, foram registrados 23 casos prováveis da doença em 2019. Até semana passada, eram seis diagnósticos confirmados ou suspeitos. Os quadros deste ano estão distribuídos em 12 cidades mineiras.

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