O governador de Minas afirmou que vai priorizar o pagamento e que dá razão à insatisfação dos servidores
Depois de dizer, no dia seguinte à posse, que o 13º dos cerca de 600 mil servidores públicos mineiros não seria quitado tão cedo, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta sexta-feira (4) que fará o “impossível” para pagar o benefício ainda neste ano. Embora não tenha dado certeza, ele adiantou, em entrevista à Globo News, que os valores serão parcelados e vão fazer falta no repasse às prefeituras.
Segundo Zema, o secretário da Fazenda Gustavo Barbosa está levantando os dados e a intenção do governo é apresentar uma “projeção” a prefeitos e servidores públicos.
“Gostaríamos de pagar esse 13º, vai ter que ser em parcelas, durante esse exercício de 2019. Vamos fazer o máximo, sei que há uma insatisfação muito grande do funcionalismo e dou toda a razão a eles, mas não estou escondendo dinheiro. Na hora de pagar o funcionalismo vou deixar de pagar prefeitos e vice versa.”
O governador disse que vai tentar conciliar para que haja o menor impacto para ambos.
Prioridade para pagamento
Questionado se haveria possibilidade de não conseguir pagar o benefício deixado pelo antecessor Fernando Pimentel (PT) neste ano, Zema disse que fará o possível e o impossível.
Segundo ele, o estado conseguirá pagar os funcionários quando a renegociação da dívida com o governo federal for concretizada.
“Quero priorizar esse pagamento, é um direito do funcionalismo e não quero fique isso em aberto. Quero que seja pago durante o decorrer deste ano, mas não quero afirmar isso agora porque os dados estão sendo levantados”, afirmou.
Privatizações e Previdência
Ainda na esfera do funcionalismo, Zema afirmou que pretende rever a alíquota de contribuição dos servidores para a Previdência, já que, segundo ele, é nela que está o maior rombo do estado.
“Vamos ter de mexer na questão da Previdência de Minas, porque hoje ela é a causa de maior rombo nas contas. Vai ser necessário rever alíquotas, ainda não tenho esses números porque sendo levantado pela Secretaria de Fazenda”, afirmou.
Sobre as contrapartidas à renegociação da dívida com a União, Zema disse que há subsidiárias da Cemig e empresa do estado que podem ser privatizadas sem a necessidade de autorização Legislativa. Para as outras, disse acreditar que os deputados estaduais aprovarão as reformas necessárias ao estado.
DNA de Bolsonaro
Na entrevista, Zema também falou sobre a identidade dos ideiais do seu partido com os do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O governador disse que o Novo é talvez mais liberal ainda do ponto de vista econômico.
“O DNA coincide 99,5 %. Em pouquíssima coisa talvez não estejamos alinhados”, disse. Segundo Zema, a principal diferença em relação ao presidente são os discursos dele, “um tanto quanto mais exaltados”. “Somos comedidos”, explicou.
Por Juliana Cipriani/Site Estado de Minas
Postado em 04/01/2019 09:41 / Atualizado em 04/01/2019 12:21
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