Zema diz que fará 'impossível' para quitar 13º este ano: 'Em parcelas'
Minas Gerais
Publicado em 04/01/2019

O governador de Minas afirmou que vai priorizar o pagamento e que dá razão à insatisfação dos servidores

 

 

Depois de dizer, no dia seguinte à posse, que o 13º dos cerca de 600 mil servidores públicos mineiros não seria quitado tão cedo, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta sexta-feira (4) que fará o “impossível” para pagar o benefício ainda neste ano. Embora não tenha dado certeza, ele adiantou, em entrevista à Globo News, que os valores serão parcelados e vão fazer falta no repasse às prefeituras. 

 

Segundo Zema, o secretário da Fazenda Gustavo Barbosa está levantando os dados e a intenção do governo é apresentar uma “projeção” a prefeitos e servidores públicos. 

 

“Gostaríamos de pagar esse 13º, vai ter que ser em parcelas, durante esse exercício de 2019. Vamos fazer o máximo, sei que há uma insatisfação muito grande do funcionalismo e dou toda a razão a eles, mas não estou escondendo dinheiro. Na  hora de pagar o funcionalismo vou deixar de pagar prefeitos e vice versa.” 

 

O governador disse que vai tentar conciliar para que haja o menor impacto para ambos. 

 

Prioridade para pagamento

 

Questionado se haveria possibilidade de não conseguir pagar o benefício deixado pelo antecessor Fernando Pimentel (PT) neste ano, Zema disse que fará o possível e o impossível. 

 

Segundo ele, o estado conseguirá pagar os funcionários quando a renegociação da dívida com o governo federal for concretizada. 

 

“Quero priorizar esse pagamento, é um direito do funcionalismo e não quero fique isso em aberto. Quero que seja pago durante o decorrer deste ano, mas não quero afirmar isso agora porque os dados estão sendo levantados”, afirmou. 

 

Privatizações e Previdência

 

Ainda na esfera do funcionalismo, Zema afirmou que pretende rever a alíquota de contribuição dos servidores para a Previdência, já que, segundo ele, é nela que está o maior rombo do estado. 

 

“Vamos ter de mexer na questão da Previdência de Minas, porque hoje ela é a causa de maior rombo nas contas. Vai ser necessário rever alíquotas, ainda não tenho esses números porque sendo levantado pela Secretaria de Fazenda”, afirmou.

 

Sobre as contrapartidas à renegociação da dívida com a União, Zema disse que há subsidiárias da Cemig e empresa do estado que podem ser privatizadas sem a  necessidade de autorização Legislativa. Para as outras, disse acreditar que os deputados estaduais aprovarão as reformas necessárias ao estado. 

 

DNA de Bolsonaro

 

Na entrevista, Zema também falou sobre a identidade dos ideiais do seu partido com os do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O governador disse que o Novo é talvez mais liberal ainda do ponto de vista econômico.

 

“O DNA coincide 99,5 %. Em pouquíssima coisa talvez não estejamos alinhados”, disse. Segundo Zema, a principal diferença em relação ao presidente são os discursos dele, “um tanto quanto mais exaltados”. “Somos comedidos”, explicou. 

 

Por Juliana Cipriani/Site Estado de Minas

Postado em 04/01/2019 09:41 / Atualizado em 04/01/2019 12:21

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

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