- - O presidente em exercício, Michel Temer, informou nesta quarta-feira (22), por meio de sua conta no microblog Twitter, que determinou a liberação da importação do feijão de países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Paraguai e Bolívia.
- - De acordo com o IBGE, que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, a alta é de 41,62%.
- - Segundo pesquisa de auditoria de varejo da GfK, que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados em 21 regiões do país, entre capitais e cidades do interior o preço do feijão subiu 28%, em média, até maio.
- - A alta é resultado de problemas climáticos, que vêm reduzindo a produção do feijão no Brasil. - - O aumento de preços atinge o prato típico dos brasileiros, o feijão com arroz, e dificulta principalmente a vida dos consumidores de baixa renda, que, acuados pela recessão e pelo desemprego, cortam a compra de itens supérfluos no supermercado.
- - O encarecimento do produto tem sido um dos temas mais comentados nas redes sociais. No Twitter, o assunto gerou a hashtag "TemerBaixaOPreçoDoFeijão." - - Em sua conta do microblog, o presidente em exercício também utilizou a hashtag ao anunciar a importação.
- - > México e China:
- - Em entrevista ao Portal do Planalto, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que também está sendo estudada a possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China.
- - Segundo o ministro da Agricultura, à medida que o produto importado chegar ao Brasil, o preço cederá com o abastecimento do mercado interno.
- - Outra medida que está sendo tomada, de acordo com Blairo Maggi, é negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta.
- “Pessoalmente, tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer”, declarou ele.
- - > Reunião no Planalto:
- - O anúncio de Temer pelo Twitter nesta quarta ocorreu no momento em que o presidente em exercício estava reunido, no Palácio do Planalto, com pelo menos sete ministros da área econômica, entre eles Henrique Meirelles (Fazenda) e Blairo Maggi (Agricultura), além de José Serra (Relações Exteriores).
- - O tema do encontro não chegou a ser divulgado pela Secretaria de Imprensa da Presidência, mas a assessoria do Planalto informou que Maggi e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) concederão uma entrevista coletiva ao fim da reunião.
- - Esta não foi a primeira vez que o presidente em exercício utilizou o microblog Twitter para fazer anúncios oficiais do governo.
- - Na última segunda (20), Temer acessou sua conta na rede social para informar que o Executivo federal e os governos estaduais haviam chegado a um acordo sobre a negociação da dívida dos estados com a União, estimadas em mais de R$ 400 bilhões.
- - Na série de mensagens, ele informou, por exemplo, que o pagamento das dívidas seria suspenso por seis meses.
- - Após as postagens, coube ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, detalhar a medida à imprensa, assim como ocorrerá nesta quarta com Blairo Maggi (Agricultura) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações).
- - > 'Baixa o preço do feijão':
- - Desde o início da manhã, o assunto "Temer baixa o preço do feijão" está no chamado "trending topics" do Twitter, que são os temas mais comentados na rede social em um determinado momento do dia. - - Por volta das 12h desta quarta, por exemplo, era o quinto assunto mais falado entre os usuários brasileiros.
- - Na mensagem na qual anunciou a importação do feijão para combater a alta do preço, Temer também utilizou a hashtag "TemerBaixaOPreçoDoFeijão".
- - - - - - - > Alexandro Martello e Filipe Matoso - Do G1, em Brasília - 22/06/2016 11h49-Atualizado em 22/06/2016 12h59