O economista Paulo Guedes, responsável pelo projeto econômico do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília. Ele está sob suspeita de se associar a executivos ligados ao PT e ao MDB para praticar fraudes em negócios com fundo de pensão de estatais. Em seis anos, ele captou ao menos R$ 1 bilhão dessas entidades.
Paulo Guedes também é investigado por suposta emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias, por obter e investir recursos de sete fundos, como por exemplo, a entidade do BNDESPar e o Previ, do Banco do Brasil.
As transações foram feitas a partir de 2009 com executivos indicados pelos dois partidos adversários da chapa de Bolsonaro, que são investigados atualmente por desvio de recursos dos fundos.
Para o MPF, há "relevantes indícios de que diretores e gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar" se consorciaram "com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM".
De acordo com o Ministério Público, a intenção seria a de cometer "crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias".
A apuração foi instaurada pela força-tarefa da Operação Greenfield, que mira esquemas de pagamento de propina em fundos de pensão, com base em relatórios da Previc, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
Reportagem, Juliana Gonçalves
Por Agência do Rádio em 10/10/2018 às 16:28 por email
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