Os candidatos à presidência da República voltaram a se encontrar, nesta quinta-feira (4), para o último debate antes do primeiro turno das eleições. O embate foi promovido pela TV Globo e foi marcado por ataques ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Boa parte da discussão aconteceu porque o militar reformado não compareceu ao debate, por recomendações médicas, mas concedeu uma entrevista, no mesmo horário, para a TV Record.
Para o candidato Henrique Meirelles, do MDB, a atitude de Bolsonaro mostra que ele está fugindo do seu compromisso com a população.
“O eleitor merece respeito. Por quê? Porque nós estamos aqui apresentando propostas que o país precisa. E também dizendo o que fizemos. Cada um pode dizer o que já fez, ou pode dizer o que não fez. Ou pode simplesmente estar acusando, ou brigando com outros candidatos por falta do que dizer. Mas é muito importante que o eleitor tenha a capacidade e a possibilidade de ver isso.”
Geraldo Alckmin, do PSDB, defendeu eleições sem extremismos. Em resposta a seu concorrente Álvaro Dias, o tucano foi firme ao dizer que os problemas do Brasil, terceirizados por governos passados, não podem entrar no segundo turno.
“Nós que sempre estamos no outro caminho que não dos radicais de direita ou esquerda, temos que levar uma reflexão profunda para o Brasil. Não podemos ir para esse segundo turno de extremos”.
Outro assunto polêmico tratado no debate foi a reforma da Previdência. Ciro Gomes (PTB) foi enfático ao dizer que a reforma nos sistemas de aposentadoria do país é cruel e injusta.
“Problema que o sistema de repartição que só o Brasil, Argentina e Venezuela praticam está quebrado. Precisamos criar outro regime de capitalização que seja garantido para todos os brasileiros sem ferir nenhum direito adquirido”.
O debate da Globo também foi marcado por outros momentos de tensão. O candidato Fernando Haddad (PT) mais se defendeu do que explicou propostas de governo. Alckmin, por exemplo, perguntou se o petista iria insistir no 'modelo PT' de governar. Na resposta, Haddad responsabilizou o governo Temer pelo déficit econômico do país e pela aprovação das chamadas 'pautas bombas'.
“Gastos desnecessários, aumento para a cúpula do funcionalismo público, aumentando a cima do teto o salário de quem já ganhava bem e foi isso que levou o Brasil à crise”.
O debate promovido pela Rede Globo encerrou a campanha eleitoral do primeiro turno. Neste domingo, dia 7 de outubro, os brasileiros vão às urnas para decidir quem será o novo presidente da República.
Reportagem, Juliana Gonçalves
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Por Agência do Rádio em 05/10/2018 às 03:22 - Enviado por email
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