O governador falou os valores do contracheque em entrevista na manhã desta quinta-feira. São R$ 10,5 brutos e R$ 8 mil líquidos, segundo a Transparência
Alvo de recentes protestos de servidores públicos por causa de atrasos nos pagamentos de salários, o governador Fernando Pimentel (PT) falou sobre o próprio salário na manhã desta quinta-feira (20), em entrevista à Rádio CBN. O petista perguntou aos ouvintes se sabem quanto ganha o chefe do estado e revelou que são cerca de R$ 10 mil no total e R$ 7,2 líquidos. “Meu salário é parcelado como de qualquer servidor”, disse.
Segundo o Portal da Transparência, o salário do governador é de R$ 10,5 mil e , até julho deste ano, o valor líquido vem sendo de R$ 8.031,61.
Pimentel disse que os secretários de estado também tem os salários parcelados e negou que haja supersalários no seu governo. Segundo ele, alguns integrantes do secretariado ganham mais por terem vencimentos de outros cargos públicos de carreira acumulados.
Agonia mensal
Pimentel afirmou que todos os meses é uma “agonia” e que liga de cinco a seis vezes para os secretários para saber se o pagamento saiu.
“Sou aposentado da UFMG, sei o que significa receber da forma que a gente está recebendo. O que não acho correto é o sujeito fazer propaganda na TV dizendo que está atrasado, não é verdade, está parcelado. Salário atrasado seria se estivéssemos recebendo agora por janeiro ou fevereiro”, disse.
O parcelamento de salários vem sendo o principal tema de questionamento de Pimentel durante a campanha eleitoral. Para este mês de setembro, o governo garantiu que a escala divulgada será cumprida. Ela prevê duas parcelas para os servidores da segurança, Fhemig, Hemominas e Ipsemg e três datas para os demais (segundo governo uma primeira parcela, uma de complemento e uma segunda parcela).
Antecipação para segurança
O governo negou que o pagamento diferenciado feito aos profissionais da segurança pública seja um privilégio. Segundo ele, o grupo recebe desta forma porque trabalha para garantir inclusive que os demais serviços funcionando. “ Por isso estabelecemos uma certa antecipação para o pessoal da segurança. Defendo minhas decisões, ao contrário dos outros que passaram pelo estado e não assumem”, disse.
Pimentel diz que a intenção é reduzir o escalonamento até acabar com ele. O governador atribui a necessidade de dividir os pagamentos ao deficit da Previdência. Na entrevista desta quinta-feira, Pimentel falou sobre o fundo previdenciário que pretende constituir para acabar gradativamente com o rombo.
Segundo o petista, essa reserva seria composta por rendimentos de créditos de de empresas mineiras, por exemplo. Os recursos devidos pelo governo federal pela isenção fiscal da Lei Kandir, da ordem de R$ 134 bilhões, seriam outra fonte para o futuro fundo.
Por Juliana Cipriani/Site Estado de Minas
Postado em 20/09/2018 12:06 / Atualizado em 20/09/2018 12:16
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