Entrevistado no segundo dia de sabatinas promovidas pela rádio CBN e pelo portal G1, o candidato à presidência pelo NOVO, João Amoêdo, foi questionado em relação a uma de suas declarações mais polêmicas.
Em dezembro do ano passado, em uma rede social, o candidato afirmou que o partido NOVO não pretende combater necessariamente a desigualdade, mas sim a pobreza. Na época, vários usuários responderam o empresário e questionaram a correlação entre os dois indicadores.
O que queremos: combater a pobreza e não necessariamente a desigualdade. Somos, felizmente, diferentes por natureza.
O combate à pobreza de faz com o crescimento e com a criação de riqueza, e não com a sua distribuição.
— João Amoêdo 30 (@joaoamoedonovo) 11 de dezembro de 2017
Na sabatina dessa quarta-feira, a jornalista Cláudia Croitor leu a declaração no Twitter e pediu que o candidato comentasse. João Amoêdo reafirmou a teoria, embora tenha criticado a criação de desigualdades promovida pelo Estado brasileiro. Ele também alegou que as pessoas possuem ambições diferentes umas das outras.
"O combate à desigualdade é muito mais simples, é fácil, basta você reduzir exatamente a camada de cima, fazer com que as pessoas que têm mais renda tenham menos renda, não necessariamente você combateu a pobreza.”
Durante a sabatina, o empresário também criticou os critérios para convites de debates. O candidato lembrou que as emissoras de rádio e televisão são obrigadas a convidar os candidatos cujos partidos tenham 1% de participação no Congresso Nacional, de acordo com a lei eleitoral, mas que poderiam chamar quaisquer candidatos além dessa regra.
Amoêdo sugeriu, por exemplo, que as emissoras convidassem todos os candidatos que pontuam nas pesquisas de intenção de voto. O jornalista Gerson Camarotti questionou porque criar uma regra que contemplaria apenas o NOVO e não outros partidos nanicos concorrentes. Amoêdo, descontente com a classificação de nanico, defendeu a legenda.
"O NOVO é bem diferente dos outros nanicos, porque o NOVO existe o registro há apenas três anos, esses outros partidos que a gente está falando têm o registro aí há muitos anos. Essa é a primeira eleição que o NOVO participa, os outros nanicos todos já participaram de várias eleições".
Dentre essas supostas diferenças do partido, o empresário ressaltou a regra interna de reduzir pela metade a verba de gabinete e o número de assessores. Amoêdo também propôs reuniões semanais e públicas com o Congresso Nacional para a discussão de projetos, endurecimento da lei de execução penal para combater o alto número de homicídios, criação de vouchers para crianças pobres estudarem em escolas particulares e digitalização do SUS.
Reportagem, Ana Luiza de Carvalho
Por Agência do Rádio - enviado por email em 05/09/2018 às 13h48
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