Candidato não foi recebido pela presidente do TSE Rosa Weber, mas entregou no tribunal documentos com supostas provas de fraude nas urnas eletrônicas
O candidato ao Palácio do Planalto, deputado Cabo Daciolo (Patriota), protocolou na tarde desta terça-feira (4) um pedido para que sejam usadas cédulas de papel nas eleições deste ano. Ao lado de sua vice Suelene Balduíno, o parlamentar foi até a sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um documento que, segundo ele, provaria que existem fraudes nas urnas eletrônicas.
Transmitindo ao vivo a visita ao tribunal em suas redes sociais, Daciolo pediu para entregar o documento à ministra Rosa Weber, presidente do TSE, mas foi encaminhado para a secretaria administrativa, onde protocolou o pedido. A peça cita o artigo 59, da lei 9.504/1997 (Lei das Eleições), que diz que o TSE pode, em casos excepcionais, determinar a votação usando as cédulas no lugar das urnas.
“A ministra Rosa Weber vai colocar em prática o que está na lei federal das eleições, no artigo 59. Tenho certeza que esta eleição será no voto de cédulas. Pode até atrasar a eleição uma semana, mas ela não vai acontecer nas urnas eletrônicas. Se não for em cédula a nação brasileira ficará em casa e ninguém vai votar. O Supremo derrubou o voto em cédulas de forma completamente equivocada, seguindo os interesses dos iluminatis e da maçonaria, que querem enganar o povo”, disse Daciolou após protocolar o pedido no TSE.
Segundo o candidato, existem “provas concretas” de que as eleições por meio de urnas eletrônicas são “fraudulentas e forjadas”. “Tivemos em março um professor do departamento de tecnologia da USP que foi no Senado e afirmou com todas as letras, para todo mundo ouvir, que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas. Então é obrigatório que sejam usadas as cédulas. O povo não aguenta mais ser enganado”, afirmou Daciolo.
Em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, impedir a adoção do voto impresso nas eleições de 2018. O voto impresso foi definido pelo Congresso Nacional na minirreforma eleitoral de 2015 e deveria começar a ser implementado em 5% das urnas, ao custo de R$ 57 milhões. Entre os ministros que votaram para impedir o voto impresso está Rosa Weber, presidente do TSE. Apenas Gilmar Mendes e Dias Toffoli defenderam a medida.
Por Marcelo da Fonseca/Site Estado de Minas
Postado em 04/09/2018 18:26
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