O presidenciável criticou a fragmentação do Congresso e disse que, se eleito, vai usar força do voto para fazer as reformas do país
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a presidente pelo PSDB Geraldo Alckmin defendeu na manhã desta segunda-feira a redução dos partidos políticos no Brasil, que chamou de “empresas vergonhosamente financiadas com dinheiro público".
A crítica foi feita em conversa com empresários mineiros em Belo Horizonte, na qual o tucano prometeu, independentemente de garantir uma base forte no Congresso, fazer as reformas política, tributária e da Previdência nos seis primeiros meses de governo, caso eleito.
Criticado pelos adversários por ter fechado apoio com o Centrão – que reúne parlamentares do baixo clero que se uniram para eleger o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), hoje preso –, o presidenciável tucano rebateu.
“Os que criticam, até o último segundo do segundo tempo estavam lutando para conseguir a aliança e não conseguiram”, disse. Questionado sobre o fisiologismo dos parlamentares, tucano afirmou que não houve exigência de cargos por nenhum dos nove partidos que o apoiam até agora.
No discurso em que procurou se mostrar afinado com os empresários, Alckmin afirmou que qualquer presidente eleito vai encontrar um Congresso fragmentado e contará com o apoio de no máximo 10% da Casa.
Por isso, disse que pretende agir rápido usando a “força do voto” que tiver. “Se usar a força do voto você consegue aprovar as reformas micro e macro para retomar o crescimento do Brasil”, disse.
Reformas
Além da reforma política com a redução do número de partidos, as listas partidárias ou o voto distrital, Alckmin disse que vai fazer as mudanças na Previdência e na legislação tributária.
Nesta última, defendeu o Imposto de Valor Agregado para tributar o consumo. Também defendeu a redução do número de estatais, as Parcerias Público-Privadas e concessões como forma de trazer investimento.
Ainda sobre reformas, Alckmin disse que não pretende alterar a Reforma Trabalhista aprovada pelo governo do presidente Michel Temer (MDB) e, em especial, que não vai voltar com a obrigatoriedade de os filiados contribuírem com os sindicatos.
Para levar a agenda adiante, Alckmin prometeu “trombar” com as grandes corporações. “Vamos garantir a economia de mercado, a competição”, prometeu ao empresariado.
Parceria com Minas
Com o senador Antonio Anastasia, candidato do PSDB ao governo de Minas, ao lado, Alckmin prometeu “fazer justiça” ao estado, com o qual pretende ter a “maior parceria”.
“Vou suar a camisa para ser presidente da República para fazer uma grande parceria, fazer justiça a Minas Gerais. Vamos investir seja na infraestrutura do estado com as BRs, nos recursos hídricos, com o São Francisco, no turismo, na recuperação do patrimônio histórico ou da saúde”, afirmou.
Depois de Alckmin, Anastasia falou aos empresários sobre os benefícios da possível parceria com o governo federal. O senador disse que Minas perdeu uma fábrica de automóveis, uma de amônia e outra de acrílico por falta de apoio do governo federal
Por Juliana Cipriani/Site Estado de Minas
Postado em 30/07/2018 13:58 / Atualizado em 30/07/2018 14:51
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