No último dia 10, Cataguases registrou o primeiro caso de febre chikungunya na cidade. O caso serve de alerta para a população intensificar o combate aos mosquitos Aedes aegypti e ao Aedes albopictus, transmissores da doença, visto que, neste período do ano, os mosquitos se proliferam devido às altas temperaturas e às chuvas. O Aedes aegypti transmite também o Zika vírus, a febre amarela e a dengue.
A coordenadora do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Tairises Roque lembra que a população deve ficar atenta aos sintomas da febre chikungunya. “Febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos e pulsos são alguns dos principais sinais da doença. Podem ocorrer ainda dores de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter a chicungunya mais de uma vez, já que depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito e vale ressaltar que não existe vacina ou tratamento específico para a doença”, afirmou.
Ela também orienta a população a aumentar a atenção quanto aos sintomas da doença nesta época do ano. “Caso a pessoa sinta os sintomas da doença, ela deve procurar o médico o mais rápido possível. É importante também que os profissionais das clínicas de saúde particulares e do sistema público enviem as notificações dos casos suspeitos para que possamos fazer as intervenções necessárias. Além disso, todos devem redobrar o cuidado em casa e verificar se não há algum lugar em que a água esteja parada, pois agindo assim ela pode eliminar o foco dos mosquitos e impede sua proliferação”, disse.
De acordo com Cosme Costa, coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, a Prefeitura tem realizado ações de combate aos mosquitos e a população deve ficar atenta aos possíveis criadouros dentro de casa. “Quanto ao caso descoberto, nós fizemos a ação de bloqueio de transmissão na região para evitar novos casos. No restante do município, executamos intensamente os procedimentos já praticados, como, por exemplo, as visitas dos agentes de endemias, notificações, palestras e eliminação de depósitos de possíveis criadouros. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 3422- 3589. As pessoas devem ficar atentas a objetos como pneus, lonas, calhas, ralos de locais pouco utilizados e se as caixas d’água estão bem tampadas”, orientou.