Fonte: site da prefeitura municipal da cidade de cataguases-MG - a imagem da capa do site multisom foi retirada de arquivos da internet
O prazo final estabelecido pelo Ministério Público para a adequação do comércio local ao decreto 4.360/2015, que dispõe sobre a instalação de engenhos de divulgação de publicidade e toldos dentro do Sítio Histórico Tombado de Cataguases, completou seis meses no final de setembro. A mudança ocorrida no comércio local já é visível, permitindo trazer à tona verdadeiras obras de arte arquitetônicas, antes escondidas pelos anúncios, placas e demais elementos pretensamente decorativos ou chamativos de lojas, bares e restaurantes.
Conforme lembra o historiador e coordenador do Departamento Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Cataguases (DEMPHAC), José Luiz Batista, a poluição visual afeta a exibição de uma determinada área e quebra a estética da paisagem. “O cérebro humano não consegue absorver tanta informação e é oprimido pelo número de elementos na paisagem, como cartazes, anúncios, cabos, antenas de televisão, antenas parabólicas, para-raios, redes elétricas, entre outros. Para combater a poluição visual é necessário reduzir a quantidade de anúncios e fazer um planejamento racional do espaço”, explica.
Em Cataguases, a situação não era diferente, observa ele. “Os centros comerciais eram verdadeiras parafernálias visuais. Por isso, o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural elaborou o decreto que, sancionado, regulamentou critérios para a colocação de placas e letreiros nas fachadas, fazendo ressurgir a verdadeira caracterização histórica e paisagística da cidade de Cataguases”, afirma.
Neste sentido, ele apela a todos os cataguasenses que auxiliem o município na fiscalização do cumprimento deste dispositivo legal. “Cataguases merece encantar os turistas que a visitam, por isso convidamos todos a exercerem a função de ‘patrulheiros estéticos’, colaborando para uma cidade mais harmônica, mais charmosa, mais cultural e verdadeiramente histórica”, salienta.
O secretário de Cultura e Turismo, Fausto Menta, lembra que esta legislação é um avanço para o município. “Vários países da Europa já têm esta preocupação, e no Brasil, somos uma das poucas cidades a dar este passo à frente, estamos na vanguarda e precisamos manter esta postura diferenciada, que tanto encanta quem tem nos visitado", afirmou o secretário.
Ele destacou ainda que anúncios e placas muito grandes ou chamativas, acima da fachada dos estabelecimentos, não atraem a clientela, porque ultrapassam o limite da visão humana. "São uma série de fatores que reforçam positivamente esta iniciativa que só tem trazido benefícios para o nosso comércio, a nossa cultura e a nossa cidade”, concluiu Fausto Menta
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