Na sentença em que condena o ex-presidente Lula, além de dizer que não sentia “satisfação pessoal”, afirmou que foi intimidado durante o processo. O petista foi condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
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Em trecho da sentença, Moro afirma que Lula teria “orientado por seus advogados, adotado táticas bastante questionáveis, como de intimidação do ora julgador, com a propositura de queixa-crime improcedente, e de intimidação de outros agentes da lei, procurador da República e delegado, com a propositura de ações de indenização por crimes contra a honra”.
O juiz aproveitou o despacho para criticar falas públicas de Lula que, segundo ele, eram “inadequadas” em relação ao processo e funcionavam como “intimidação da Justiça, dos agentes da lei e até da imprensa”.
Prudência
Sérgio Moro ao dar a sentença considerou que a prisão de Lula poderia trazer “traumas” e, por isso, determinou que a prisão, como determina a condenação, só ocorra de fato caso seja mantida em segunda instância.
A condenação é relativa ao processo que investigou a compra e a reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A sentença prevê que Lula poderá recorrer da decisão em liberdade.
Na decisão, Moro afirma que as reformas executadas no apartamento pela empresa OAS provam que o imóvel era destinado ao ex-presidente.
Marcelo Ernesto/Site Estado de Minas - Postado em 12/07/2017 15:30 / Atualizado em 12/07/2017 15:38