Ao todo, 25 senadores se inscreveram, com direito a 10 minutos de fala para cada um. A oposição voltou a criticar o projeto e se queixou do acordo firmado pela base aliada com o governo para que a proposta seja aprovada sem alterações.
“Me causa enorme surpresa – aliás, me causa angústia – saber que esta Casa, o Senado da República, não pode acrescentar nem retirar uma só vírgula da reforma trabalhista que o governo mandou para o Congresso Nacional. Isso é algo inadmissível”, disse o senador João Capiberibe (PSB-AP).
O relator da reforma, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), no entanto, voltou a defender seu parecer pela aprovação do texto sem alterações. Para ele, a reforma vai beneficiar as menores empresas, que são as mais prejudicadas pela atual legislação trabalhista.
“Quem são os empregadores no Brasil para aproximadamente 70% dos empregos que são gerados no nosso país? Quem gera esses empregos são as empresas com mais de 200 trabalhadores? Não. Para aproximadamente 70% dos empregos do nosso país, quem gera é o micro e pequeno empresário que reúne em seus estabelecimentos até 15 trabalhadores. Portanto, nós estamos fortalecendo a micro e pequena empresa”, disse.
Os debates sobre a reforma continuarão amanhã (6), conforme acordo firmado entre os líderes partidários. Assim, na próxima semana, o plenário iniciará a ordem do dia com o encaminhamento para a votação, sem precisar abrir novo espaço para discussão da matéria.
Edição:Fábio Massalli
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - 05/07/2017 - 20h29 - Brasilia-DF/Site EBC