A reforma trabalhista foi aprovada por 14 votos a 11 na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nessa terça-feira. Foram mais de oito horas de sessão para votar o texto. A oposição usou todo o tempo que tinha para tentar atrasar a decisão.
Três senadores fizeram votos em separado contra a proposta do relator Ricardo Ferraço, do PSDB, o que alongou o tempo da sessão. A senadora Lídice da Matta, do PSB, pediu a anulação total do relatório da reforma.
Para não adiar a votação, a base governista não rebateu os senadores contrários ao texto. O relator Ricardo Ferraço defende a aprovação do texto da forma como ele saiu da Câmara.
Isso para que o relatório não precise voltar para a outra casa. Mas Ferraço combinou com o presidente Michel Temer que vetos serão feitos e medidas provisórias editadas para alterar alguns pontos da reforma trabalhista.
A reforma trabalhista em tramitação altera mais de 100 artigos da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho. O governo alega que as mudanças vão estimular a criação de empregos. Já a oposição argumenta que a reforma precariza as condições de trabalho.
O texto permite que os acordos entre patrões e trabalhadores prevaleçam em relação a lei.Também aumenta o tempo do trabalho parcial, acaba com a contribuição sindical obrigatória e regulamenta o trabalho intermitente, aquele sem horários fixos, quando o empregado só recebe quando chamado pela empresa.
A reforma trabalhista ainda precisa ser aprovada por mais duas comissões antes de ir ao plenário da Casa.
Lucas Pordeus Leon - 06/06/2017 - 21h01 - Brasilia-DF/Radioagência Nacional/Site EBC