A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff pediu nessa segunda-feira a inclusão de uma entrevista com o presidente Michel Temer no processo que pede a anulação do impeachment.
Na entrevista que foi ao ar na TV Bandeirantes nesse sábado, Temer contou que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de abertura do impeachment porque o PT não o apoiou no Conselho de Ética.
Cunha hoje está preso condenado por corrupção na operação Lava Jato.
Temer lembrou que, a princípio, Cunha disse que arquivaria os pedidos de impeachment.
Porém, no dia seguinte, o PT divulgou que votaria contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Temer disse que a partir dai, Cunha mudou de ideia.
Completou nessa segunda-feira, dia 17 de abril, um ano desde que a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, com 367 votos a favor e 137 contrários.
A defesa da ex-presidente Dilma entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra o impeachment argumentando, entre outros pontos, que o processo foi aberto por vingança do ex-presidente da Câmara, o que configuraria, segundo a defesa, desvio de finalidade e abuso de poder.
Após a morte do ministro Teori Zavaski, o processo contra o impeachment foi herdado pelo recém-empossado ministro Alexandre de Moraes.
* Questionado sobre o anúncio da defesa da ex-presidente Dilma Rousseff de que vai usar um trecho de outra entrevista concedida por Temer para sustentar a tese de que o deputado cassado Eduardo Cunha agiu por vingança na abertura do pedido de impeachment, o presidente disse não ter dúvidas de que o processo contra Dilma teria sido aprovado mesmo sem o apoio de Cunha.