Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
Para Vicente Candido, sistema atual dá margem para caixa 2 e inviabiliza financiamento público
Ele explica que o sistema atual é centrado no candidato, que percorre grandes distâncias atrás de votos. Isso, ressalta o relator, privilegia o poderio econômico, dá margem para a adoção de caixa 2 e inviabiliza o financiamento público de campanha.
“Já estudei uns 15 países e não existe um caso igual ao nosso. Uma nação de dimensões continentais, com 200 milhões de habitantes, três entes federados, eleições diretas para todos e eleição individual para parlamentar. Para você ter uma ideia, no ano passado tivemos 500 mil candidatos. Isso é uma loucura”, argumenta.
Lista fechada
Na avaliação do parlamentar, o País deveria adotar a lista fechada, mesmo que temporariamente, como forma de diminuir os custos de campanha e facilitar a fiscalização dos recursos do Fundo Partidário.
Nesse sistema, o eleitor votaria no partido, que teria uma lista de candidatos pré-aprovada durante as convenções. Nessa lista, dependendo da quantidade de votos, seriam eleitos os candidatos na ordem determinada pelas legendas.
Seminário
A Comissão Especial da Reforma Política realizará seminário nos próximos dias 21 e 22 de março para ouvir a sociedade civil, entidades e especialistas sobre assuntos ligados ao colegiado.
Serão debatidos temas como financiamento de campanhas e partidos; sistemas eleitorais; políticas de promoção de igualdade; propaganda eleitoral e liberdade de expressão.
Ainda não foram divulgados horário e local do seminário.