Infecção pode trazer consequências graves para os seres humanos
Publicado em 31/07/2022 19h07 - Matéria retirada do portal do Ministério da Saúde (https://www.gov.br/saude)
A imagem da capa do site é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google
Com letalidade de aproximadamente 100% dos casos, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem. Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, a infecção é passível de eliminação no seu ciclo urbano – transmitido por cães e gatos, além da existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro antirrábico humano e a realização de bloqueios de foco animal.
Transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, a raiva pode ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
Entenda o ciclo de contaminação da zoonose (doença que passa dos animais ao homem):
O período de incubação do vírus é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. Já nos cães e gatos, a eliminação do vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.
Após a incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias, quando não há assistência médica. Nesse período, o paciente apresenta:
Posteriormente, a infecção da raiva progredi, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como ansiedade crescente, febre, delírios, espasmos musculares involuntários e até mesmo convulsões.
Ainda que não existam dificuldades para estabelecer o diagnóstico quando o quadro clínico vem acompanhado de sinais e sintomas característicos da doença, precedidos por mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal raivoso, a melhor forma de tratamento é a prevenção com a vacinação pré e pós exposição.
A medida de prevenção pré-exposição consiste em imunizar pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, como médicos veterinários, biólogos, estudantes de ambas áreas, agronomia, zootecnia e áreas afins. Já após-exposição” baseia-se em lavar imediatamente o ferimento - ocasionado por animais domésticos (cães e gatos) ou até mesmo por morcegos, saguis e raposas - com água e sabão e procurar o quanto antes uma unidade de Saúde para avaliar a necessidade de profilaxia antirrábica (vacina ou soro).
Levar os cães e gatos para serem vacinados contra a raiva, anualmente, é a melhor forma de prevenir a transmissão da doença. Apesar da distribuição de vacinas antirrábicas ocorrer pelo Ministério da Saúde A Pasta reforça que a programação das campanhas de vacinação é de responsabilidade de cada Unidade Federada, tendo em vista as características regionais para melhor execução.
RAIVA EM NÚMEROS
Neste ano, até o momento, foram confirmados cinco casos da doença no País e todos evoluíram para óbito. Essas ocorrências se juntam às outras 40 registradas no período de 2010 até 2022, sendo que em 2014 não houve registro da infecção.
Na série história de casos de raiva humana no Brasil, temos apenas duas curas.
Giurla Martins
Ministério da Saúde