Bomba! Temer aprova hoje (30) lei que taxa serviços como Netflix e Spotify
Economia
Publicado em 30/12/2016
 

Apresentado e aprovado no Senado no último dia 14 de dezembro, o projeto de lei que tem

como objetivo fazer com que os serviços de streaming também entrem na lista de cobrança

do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) assustou internautas em todo o país,

que temiam por aumentos repentinos de preço em suas assinaturas caso a medida fosse concretizada.

Para muitos, a esperança era que o presidente Michel Temer vetasse a empreitada. Isso não aconteceu,

já que de acordo com o Diário Oficial da União, o peemedebista sancionou nesta sexta-feira (30) a

lei complementar.

 

Do mesmo modo que o documento de autoria de Romero Jucá (PMDB-RR) foi modificado em

sua passagem da Câmara dos Deputados para o Senado, Temer também fez alguns vetos em termos

específicos da proposta levada adiante pelos senadores. Essas mudanças, no entanto, não vão

impedir que um ISS de no mínimo 2% recaia sobre uma série de serviços de transmissão de

conteúdo pela internet em operação no Brasil. Nomes como SpotifyNetflixDeezer e

até mesmo “novatos” por aqui, como HBO Go e Amazon Prime Video, devem ser afetados

pela decisão.

Usuários de ambos o serviços devem sentir os efeitos do projeto de lei em 2017

Ainda segundo o Diário Oficial, a tributação deve recair sobre serviços de “processamento,

armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos

e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres”. O que isso significa na prática?

Provavelmente que alugar um host na internet, montar seu site por aí ou armazenar seus arquivos

na nuvem podem ser itens que vão ficar mais caros no Brasil em 2017. O projeto de lei,

no entanto, não para por aí.

 

Programas e jogos eletrônicos também devem entrar

na lista do ISS

 

De acordo com a reportagem da Exame, o desenvolvimento e a distribuição de programas

de computador e jogos eletrônicos também devem entrar na lista de cobrança do ISS,

ao passo que versões digitais de livros, jornais e outros periódicos informativos seguem

isentos dessa alíquota. Ainda não se sabe exatamente como isso pode afetar a produção

nacional de games e softwares, ainda mais em um momento em que as pequenas empresas

dedicadas a esses setores brigam para sobreviver em meio à crise.

Cobrança em todos os sentidos

Como o projeto de lei não lida apenas com a atualização do que entra no pacote de cobrança

do ISS, outro ponto que chama atenção é a parte que fala dos critérios e prazos dos pagamentos

via crédito e como o imposto sobre essas operações é recolhido pelos municípios. Esse tema,

inclusive, foi o mais debatido entre os deputados e senadores e o que mais recebeu vetos do presidente.

Outro ponto que chama atenção é a parte do texto que

fala dos critérios e prazos dos pagamentos via crédito

Assim, boa parte das mudanças feitas por Temer em cima do texto encaminhado ao seu gabinete,

dizem respeito à remoção de ações que, caso fossem, aprovadas trariam ainda mais custos ao

consumidor final, como a decisão de tributar o serviço prestado em seu endereço de uso, não

no de cobrança. Nesse caso, as administradoras de cartões provavelmente teriam um custo

extra na hora de repassar a arrecadação para a prefeitura local, uma vez que no sistema em

vigor – e também no aprovado pelo presidente – a fatia é repartida na cidade em que a operadora está sediada.

Você concorda ou discorda com esse tipo de cobrança? Acha que deveria haver uma taxa diferenciada

para o serviços online ou que todos devem pagar igualmente ao governo? Deixe a sua opinião

sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.

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