Alckmin diz que vai acabar com saidinhas de presos, caso eleito presidente
Política
Publicado em 30/08/2018

 

Questionado sobre o crescimento do PCC, candidato do PSDB exaltou números da segurança pública de São Paulo

 

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, exaltou a Segurança Pública de São Paulo após 20 anos de governo de seu partido no estado. Questionado por Renata Vasconcellos e William Bonner em entrevista, nesta quarta-feira, sobre as falhas na segurança pública e no crescimento e expansão da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o tucano preferiu apontar sua ‘linha de comando’ e chegou a dizer que mudará a lei caso assuma o Palácio do Planalto para acabar com as chamadas ‘saidinhas’ dos presos no país.

 

“A política de segurança pública de São Paulo é um exemplo. Temos os melhores policiais e a melhor polícia do Brasil. A melhor tecnologia. Tínhamos, em 2005, 13 mil assassinatos por ano. Reduzimos para 3.503, para 45 milhões de habitantes, no ano passado”, iniciou Alckmin.

 

A apresentadora, então, argumentou a possibilidade de divergências entre as causas da queda nos números. “Muitos especialistas que estudam o assunto dizem que essa queda na taxa de homicídios se deve mais ao fato dessa facção criminosa ter eliminado os rivais e dominado o crime no estado, do que propriamente a ação do governo”, apontou.

 

“É inacreditável alguém dizer que 10 mil pessoas deixam de ser mortas por ano e que a proposta disso é o crime que fez”, respondeu o candidato do PSDB. Alckmin completou sua fala, dizendo que irá liderar a questão da segurança pública no país e que tentará a mudança na lei.

 

“Nós temos 228 mil presos em São Paulo. Temos 22% da população brasileira e 35% da população carcerária. São Paulo prende, cana dura. Eu, sendo presidente da república, vou mudar a lei de execuções penais. Acabar com essas saidinhas toda hora. Endurecer penas, tecnologia, polícia de fronteira, combate. O problema do Brasil é tráfico de drogas e armas. Os estados estão enxugando gelo. É tarefa federal”, argumentou.

 

Em São Paulo, os presos têm as saídas regulamentadas pelo Juiz Corregedor e concedidas nas seguintes datas: Natal/Ano Novo; Páscoa; Dia das Mães; Dia dos Pais; Finados.

 

Em janeiro deste ano, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo revelou que 96% dos presos que saíram para o feriado de Natal/Ano Novo voltaram após o tempo fora dos presídios - retornaram 31.991 dos 33.324. Ou seja, 1.333 foram considerados foragidos.

 

Em fevereiro, começou a tramitar o Projeto de Lei do Senado 31/2018, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que extingue as saídas temporárias de presos, também conhecidas como “saidões”. O PLS 31/2018 revoga os artigos e outros dispositivos da Lei de Execução Penal que tratam desse assunto, extinguindo, assim, a possibilidade da saída temporária.

 

 

Por Rodrigo Melo/Site Estado de Minas

Postado em 29/08/2018 21:20 / Atualizado em 29/08/2018 22:21

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

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