Um teste capaz de detectar o vírus zika com precisão de 93% deve chegar ao mercado brasileiro até o fim desse ano. O método foi desenvolvido no âmbito do programa da Fundação de Amparo à Pesquisa em São Paulo (Fapesp), pela empresa Inovatech em colaboração com o Instituto Butatan, e o Instituto de Ciencias Biomédicas da USP.
Danielle de Oliveira, pesquisadora e coordenadora do projeto, explica que os testes atuais apresentam 25% de chance de ter um falso positivo, pois o vírus da zika tem semelhanças com o vírus da dengue, por exemplo.
O teste desenvolvido pelos pesquisadores conseguirá detectar o vírus da zika com uma precisão maior que os testes atuais, pois detecta o vírus de uma forma mais específica que os vírus semelhantes, como o da dengue ou o da febre amarela.
Mas um dos pontos que, na avaliação de Oliveira, ainda deve ser melhorado no exame é o tempo do resultado do teste, que demora cerca de 3 horas contra 2 horas e 20 minutos dos testes convencionais.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o teste será fundamental para montar estratégias de contenção da doença. Segundo ela, a ideia será colocar esse teste de detecção do vírus zika no rol de exames pré-natal, após ele ficar disponível no mercado.
Nelson Lin - 03/04/2018 - 14h02 - São Paulo/Radioagência Nacional/Site EBC - A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet