Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Dário Berger (PMDB-SC) defendeu a aprovação de uma reforma da Previdência, mesmo com um texto flexibilizado. Para ele, a matéria, que tramita na Câmara dos Deputados, precisa ser discutida e aprovada "na medida do possível". Para o senador, o assunto é de extrema importância, pois "a matemática das contas da Previdência não fecha".
— Nós encerramos o ano de 2017 com um rombo nas contas da Previdência Social de R$ 268 bilhões. Isso é muito mais do que nós investimos em educação, em saúde e em segurança juntos, razão pela qual essa sangria tem que ser estancada em algum momento, e a forma como ela deve ser estancada, a Câmara dos Deputados está estudando — declarou.
Dário Berger reconheceu ser preciso debater o assunto no Congresso, ouvindo a sociedade. Mas afirmou que uma "minirreforma" já seria positiva.
— se nós fizéssemos agora apenas uma minirreforma, em que pudéssemos reenquadrar a idade mínima para homens e mulheres, talvez só esses dois pontos já fossem importantes e fundamentais para dar uma saúde financeira aos estados e aos municípios brasileiros, porque o cálculo atuarial se alteraria substancialmente e daria uma sobrevida importante financeiramente para os municípios — afirmou.
Recuperação econômica
Dário Berger disse ainda que as reformas até agora implementadas pelo governo contribuíram para a recuperação econômica do país, segundo o senador. Ele destacou de forma positiva a aprovação das reformas política, trabalhista, do ensino médio e a Emenda Constitucional 95, que estabeleceu um teto para os gastos públicos. Dário afirmou ainda ser necessário avançar na reforma fiscal, na tributária e no novo Pacto Federativo.
— Essas reformas, se não perfeitas, mas, sim, possíveis, contribuíram de forma decisiva para estabelecer o fim da recessão, e colocar o Brasil novamente no eixo do desenvolvimento econômico. Precisamos continuar avançando, organizando o que precisa ser organizado, reformando o que precisa ser reformado e mudando o que precisa ser mudado – disse.
O peemedebista defendeu ainda a necessidade de mudar o ritmo de trabalho dos governos, pois estes teriam se tornado “burocráticos e ineficientes”.
— O sistema atual faliu, mofou, ficou velho, ficou ultrapassado. E o pior é que o novo modelo nós ainda não conseguimos construir. Não encontramos ainda o modelo de um Brasil eficiente, moderno, socialmente justo, que possa atacar as diferenças sociais — afirmou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)