Lista mostra 28 políticos mineiros que receberam doações da JBS
24/05/2017 08:42 em Minas Gerais

 

Os irmãos Batista, controladores da maior empresa de proteína animal do mundo e protagonistas da delação premiada que abalou o governo Temer, entregaram à Procuradoria Geral da República (PGR) uma lista com os nomes de políticos que teriam recebido doações do grupo empresarial nas eleições de 2014. Entre os citados, 28 são mineiros, sendo 25 deputados, além do governador Fernando Pimentel (PT), e dos senadores tucanos Antonio Anastasia e Aécio Neves, que concorreu ao cargo de presidente da República. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (23) pelo site Congresso em Foco.

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De acordo com a lista, a maior doação da JBS aos políticos mineiros foi para Aécio Neves, afastado das funções parlamentares desde a última quinta-feira (18) por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O tucano teria recebido R$ 30,4 milhões. O segundo valor mais alto foi para Pimentel (R$ 5,98 mi) e o terceiro para Anastasia  (R$3,9 mi).

Entre os deputados, aquele com a maior doação conforme o documento é Lincon Portela (PR), com R$ 1,5 mi, seguido de Luiz Fernando Faria (PP), com R$ 1 mi, e Dimas Fabiano (PP), com R$ 900 mil.

Veja a lista:

Adelmo Carneiro Leão (PT) R$ 15,3 mil
Ademir Camilo (PROS) R$ 98 mil
Aelton Freitas (PR) R$ 700 mil
Aécio Neves (PSDB) R$ 30,4 milhões
Antonio Anastasia (PSDB) R$ 3,9 milhões
Bilac Pinto (PR) R$ 300 mil
Diego Andrade (PSD) *
Dimas Fabiano (PP) R$ 900 mil
Eduardo Barbosa (PSDB) R$ 84
Fernando Pimentel (PT) R$ 5,98 milhões
Gabriel Guimarães (PT) R$ 28,9 mil
George Hilton (PRB) R$ 13 mil
Jô Moraes (PCdoB) R$ 13 mil
Laudívio Carvalho (PMDB) R$ 11 mil
Lincoln Portela (PR) R$ 1,5 milhão
Luis Tibé (PTdoB) R$ 528,4 mil
Luiz Fernando Faria (PP) R$ 1 milhão
Mário Heringer (PDT) R$ 210
Patrus Ananias (PT) R$ 91,5 mil
Reginaldo Lopes (PT) R$ 392,9 mil
Renato Andrade (PP) R$ 630 mil
Renzo Braz (PP) R$ 600 mil
Rodrigo de Castro (PSDB) R$ 10,9 mil
Saraiva Felipe (PMDB) R$ 6,7 mil
Stefano Aguiar (PSB) R$ 120 mil
Toninho Pinheiro (PP) R$ 500 mil
Weliton Prado (PMB) R$ 102,1 mil
Zé Silva (SD) R$ 100 mil 

Veja o posicionamento do senador Antônio Anastasia: 

"A campanha do senador Antonio Anastasia recebeu recursos oficiais da empresa JBS S A (CNPJ 02.916.265/0001-60), devidamente registrados junto à Justiça Eleitoral (N° 004560500000MG000285; N°004560500000MG000447; e N° 004560500000MG000006).

A prestação de contas eleitorais, com os dados acima, pode ser conferida por qualquer cidadão por meio do http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-2014/prestacao-de-contas-eleicoes-2014/divulgacao-da-prestacao-de-contas-eleicoes-2014

Cordialmente,

Assessoria de Imprensa do Senador Antonio Anastasia."

Veja o posicionamento do deputado federal Laudívio Carvalho:

"Em relação a planilha do executivo da JBS, na qual sou relacionado como beneficiário durante a campanha para eleição de deputado federal, em 2014, venho a público esclarecer:

Todas as doações que recebi foram de origem do Comitê Financeiro Único do Partido. Tais recursos, foram regularmente declarados e aprovados junto à Justiça Eleitoral.

É importante deixar claro que, o candidato não tem acesso à informação sobre a origem das doações oriundas do Partido.

Att.

Laudívio Alvarenga Carvalho

Deputado Federal"

Veja o posicionamento do deputado Mário Heringer

"O deputado federal Mário Heringer (PDT) esclarece que recebeu como doação de campanha eleitoral, em 2014, o valor de R$ 210,00 (duzentos e dez reais), da candidata a deputada estadual pelo PTN Arlete Gonçalves de Magalhães.

Mário Heringer trabalhou em parceria com a candidata a deputada estadual e a doação refere-se a gastos com santinhos de campanha.

Conforme consta no sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o valor teve como doador originário a JBS, mas a doação foi realizada pela candidata do PTN.

“Não fiz nenhum contato direto ou indireto com a JBS”, esclarece o parlamentar, cuja prestação de contas está à disposição no sistema do TSE."

 

(Fonte: O Tempo)

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